COZINHA DE BRUXA

A cozinha nunca foi meu lugar favorito da casa até alguns anos atrás. Sempre fui mais acadêmica, estudiosa, ficava horas trancada no quarto a  decifrar os filósofos, escritores, cientistas e astrólogos. Até que conheci uma mulher muito divertida que me introduziu para os poderes das ervas, dos sabores e dos ingredientes mágicos da cozinha. Mostou a graça que eu poderia ter numa cozinha. 

Para mim, inicialmente tudo era como num laboratório, fazia, experimentava e via se minha intenção desejada com aquele prato era alcançada.

E ano após ano fui percebendo que a magia está presente. A magia está em tudo. Na criação, na execução, no amor, na intenção e no desejo.

Não sou uma súper cozinheira, nem uma gourmand. Mas faço pratos com alegria e prazer. Sei dos poderes das ervas e as uso em tudo que preparo. A cozinha é agora pra mim um lugar divertido, onde tenho minha coleção de bruxinhas, meu som, meus temperos, e uma dispensa que aprendi a deixar muito bem "equipada".

Meu marido adora! As coisas vão muito bem, obrigada. E quando não vão, nada como um pudim da serenidade (  a receita tem aqui, já postei!) para acalmar os ânimos.

Até meus filhos peludos ficam louquinhos quando faço algum prato cheiroso, eles vibram na esperança de ganhar um pedacinho.

Quase todos os dias me aventuro em algo novo ou mesmo um prato já conhecido meu, mas que sempre sai com alguma coisa nova.

Você já tentou?   Experimente! 

AUTO ESTIMA

Como anda seu amor próprio? Você se ama, se valoriza, se cuida, ama você em primeiro lugar?

Pois pode parecer egoísta, mas na minha opinião, devemos amar a nós mesmos para depois podermos dar amor aos outros. Nos valorizarmos para que o mundo nos valorize.

Qual é  a pessoa que, não tendo amor próprio, não se valorizando,  vai poder acrescentar algo para o outro, como vai poder “dar” algo que lhe falta?

A auto estima é um fator muito importante e talvez a cada dia mais difícil para as pessoas, que fazem de tudo para se encaixar nos “perfis desejados” pela sociedade.

Quando ouvimos nosso eu criança, liberamos a energia para que nossa auto estima cresça. O nosso eu criança  é aquela voz interna, que pode de repente, falar para você cantar alto ao ouvir uma música favorita. Quando você a ouve, a auto estima fica fortalecida, pois você fez algo para sua alma, para você se sentir feliz.

Ou quando você prepara aquele banho de SPA, todo cheio de flores, velas e cheiros, só para você.

Ao se deliciar com tudo isso, curtir você mesmo, sua própria presença, você sente um bem estar único.

Enfim, atos de amor por você mesmo.

Como andam estas atitudes?

Para dar uma ajudinha, vou sugerir um banho especial, para ser feito numa  noite de lua cheia. Sempre usei e dá um resultado fantástico.

Prepare o banho, fazendo uma infusão das ervas. Se for numa banheira, jogue tudo na água,  se for no chuveiro, prepare um sachet com as ervas e coloque embaixo da ducha, ou jogue a infusão no seu corpo. Medite alguns minutos e deixe secar o corpo ao natural.

Banho: Junte 6 folhas de louro com 6 ramos de hortelã e de  alecrim, canela, além de 5 gotas de óleo essencial de laranja e pétalas de rosas cor de rosa.

Deixe a janela aberta, apague as luzes e acenda algumas velas pelo ambiente.

Relaxe e repita em voz alta:

“No fundo do meu ser, minha alma é minha guia.

Deixo de lado meus medos e uma certeza me invade:

Mereço realizar todo meu ideal

E seguir meu propósito com tranquilidade.

Eu abro minha mente e meu coração

Para o fluxo do amor universal.

Que assim seja”.

DEUSA MAAT

No Egito, dia 23 de março comemora-se o dia da Deusa Maat, Deusa  da justiça e da verdade, guardiã da balança que analisava a pureza dos corações dos mortos, comparando-os à pena de avestruz de sua tiara.

Era o coração que dizia se a alma tinha tido uma existência reta e justa.

O nome Maat significa “aquela que é correta”. Os atributos desta Deusa são tudo aquilo que é verdadeiro, ordenado, harmonioso e balanceado. 

Está associada ao entendimento do ser humano com o Cosmo.

Invoque em seu coração a pureza e a verdade e peça a Maat, a capacidade de ser equilibrado, criar harmonia, falar com otimismo, não julgar precipitadamente os outros e alcançar integridade para uma vida melhor.

I CHING

O I CHING é um dos mais antigos e respeitados oráculos do mundo. Sua base é a combinação de seis linhas, uma em cima da outra, que formam um desenho conhecido como hexagrama. Cada hexagrama representa a interação entre as forças femininas, negativas e passivas YIN ( representadas por uma linha interrompida) e as forças masculinas, positivas e criativas YANG ( representadas por uma linha cheia).

O oráculo é formado por 64 hexagramas que, juntos, simbolizam o fluxo de mutação incessante do universo.

Segundo o I CHING, nada acontece arbitrariamente, por acaso, mas seguindo ritmos e ciclos de mutação.

Por isso, ao consultar o I CHING, torna-se mais fácil compreender o movimento do mundo e penetrar na sabedoria que regula todo tipo de vida, conectando-se , assim, com a totalidade da vida de cada ser.

O I CHING é o poema da  China Antiga e de seu amor pela natureza. O Livro das Mutações não deve ser encarado apenas como um oráculo, pois ele fala sobre as formas cotidianas de vida resgatando costumes, tradições e crenças que tem muito a acrescentar ao Ocidente.

Eis trechos que gosto muito, do Hexagrama 32 – HENG – Constância:

“Lua crescente. Todo mês podemos vê-la no céu e isto nunca mudará. 

Não há perigo de contradições nas leis da natureza."

A persistência em um mesmo objetivo será  recompensada. 

Outro hexagrama: 15, CHIEN - Modéstia

"Deuses e demônios desprezam o homem cheio de si. O sábio coloca um pé sobre cada lado da balança."

O céu eleva os humildes e reduz os arrogantes.

ÉPOCA DE PERDOAR

Será que você é aquele que realmente perdoa e consegue libertar-se daquela parte pesada da lembrança a ponto de não mais sofrer ao relembrá-la?  “Perdoar é bom para quem perdoa.”, ou seja, quem perdoa livra-se do fardo triste que carregava

Por quê então, é tão difícil perdoar?

É difícil sim, porque somos seres ainda muito imperfeitos, com muito orgulho e egoísmo, que nos dificultam o relacionamento entre as pessoas.

Temos grande dificuldades em colocarmo-nos no lugar do outro, procurando perceber os sentimentos e emoções que o levam à ofensa.

Temos dificuldades imensas em comunicarmo-nos, uns com os outros, de forma clara, expressando objetivamente nossos pensamentos e idéias. Resta-nos a possibilidade de melhorarmos nossa comunicação, tirarmos a carga de orgulho dos nossos corações para que o perdão se faça possível e fácil.

JESUS E A YOGA

JESUS E A MEDITAÇÃO

Existe uma tradição muito forte na Índia, conhecida de forma convincente entre os metafísicos, em histórias registradas em antigos manuscritos. De que os magos do Oriente que visitaram o menino Jesus de Belém, foram na verdade, grandes sábios da Índia.

Mas o mais interessante é que há abundante referência de que não só os mestres vieram até Jesus, mas que ele retribuiu sua visita, vivendo na Índia e regiões do himalaia dos 14 aos 28 anos de idade.

Relatos preciosos encontravam-se ocultos em um monastério tibetano, foram descobertos e copiados pelo viajante russo, Nicholas Notovith.

Sua própria realização divina, reavivada e reforçada na companhia dos mestres e no ambiente espiritual da Índia, propiciou-lhe uma experiência do caráter universal da verdade, a partir da qual ele pôde pregar uma mensagem simples e ampla, compreensível para as pessoas de sua terra natal, todavia, com significados subjacentes que viriam a ser reconhecidos por gerações futuras, à medida que a mentalidade humana amadurecesse em compreensão.

Seus ensinamentos, expressam a universalidade da Consciência Infinita, ou consciência Crística, que não conhece fronteiras de raça ou credo.

Jesus foi um oriental, de nascimento, família e educação. Não foi casualidade que Jesus tenha preferido nascer um Cristo oriental na Palestina.

Esse local era o eixo ligando o Oriente à Europa e ao resto do mundo. Esse grande Cristo, irradiando a força e o poder espiritual do Oriente ao Ocidente, é um elo divino a unir os povos que amam a Deus – orientais e ocidentais.

Cristo foi muito mal interpretado pelo mundo. Suas profundidades esotéricas esquecidas.

Crucificadas nas mãos dos dogmas, dos preconceitos e do entendimento restrito.

Precisamos conhecer Jesus como um Cristo oriental, um Avatar, supremo Iogue que manifestou plena maestria sobre a ciência universal da união divina e pôde falar e agir como um salvador.

Para alguns, a religião se tornou uma questão de crença. Alguns creem no catolicismo, outros no protestantismo, outros no budismo, etc...

O fundamento da religião identifica que as verdades universais são comuns a todos.

O poder divino da percepção de Cristo é uma experiência interior.

Ele pode ser percebido por seu puro reflexo com o Cristo. 
O poder dos templos e das igrejas desaparecerá.

A verdadeira espiritualidade virá dos templos das grandes almas que, dia e noite, vivem no êxtase de Deus.

Cristo busca os templos das almas verdadeiras.

Ele ama o silencioso santuário da devoção em seu coração, onde você mora com Ele.

Baseado no livro: “A Yoga de Jesus”. Paramahansa Yogananda.